A contagem regressiva acabou. Viva 11 de abril

Ontem, 10 de abril, completaram-se os 100 dias que o sr. Assis disse que ia preciar para "cumprir rigorosamente" tudo o que prometeu. Provavelmente, depois de demolir o que estava em pé, o slogan tão falacioso quanto todo o discurso orquestrado até agora, deverá ser colocado em prática. Ou seja, eles destruíram para, enfim, ter o que reconstruir, como alardeiam.

Nestes 100 dias a mentira, o desrespeito à Constituição Federal, as evidências das motivações e propósitos mais escusos, a incompetência para ações elementares, a ofensa aos campo-limpenses qualificados como incapazes, o jogo de empurra, a busca por culpados (sempre de 1997 a 2012) foram as únicas coisas que o Clube da Vingança, composto pela trupe da falácia, conseguiu tornar evidente. A imprensa regional já sabe quais serão as 3 primeiras palavras na resposta acerca de qualquer assunto: "na gestão anterior".

Antes mesmo do final do primeiro mês de ocupação do poder tiveram que demitir o diretor de Comunicação. Com menos de 60 dias, o vice-prefeito Marcão, numa ação de mea-culpa, declara em manifesto contundente que "não faz parte desta administração". Antes de 90 dias, o secretário de saúde é envolvido numa epopeia de engodo que nem Pinóquio conseguiria conceber.

Mentiram que só tinham dívida. Mas, de modo surpreendente conseguiram dispor de meio milhão de reais para demitir 226 desafetos. De modo também milagroso, conseguiram pagar outdoor de 9x3m instalado em Várzea Paulista para divulgar a festa da cidade-sem-grana. Ainda na pobreza franciscana conseguem imprimir um A3, com uma dobra, com conteúdo tão asqueroso que se mentira escorresse como sangue, a cidade seria um rio vermelho. Tão sem dinheiro e conseguem bancar publicidades nos novos semanários oficiais e ainda fixar os panfletos em veículos estacionados na região central.

Em 100 dias, tiveram que engolir a própria mentira da tal dívida quando, em audiência pública, deram ciência que havia disponibilidade financeira de aproximadamente R$ 9,9 mi. Também tiveram que ver serem lançadas sobre a mesa as cobranças judiciais de dívidas geradas ainda no tempo que o "novo" prefeito gerou e achou que iria passar em brancas nuvens.

Em 100 dias, não conseguiram sequer publicar no site da Prefeitura os balancetes que foram apresentados na audiência pública sobre o exercício de 2012, conforme informado no dia 22 de fevereiro que seria feito.

Em 100 dias, os tais estudos para a redução da tarifa municipal de transporte urbano continuam sem ser apresentados.

Em 100 dias, a Prefeitura publicou apenas 10 pregões presenciais dos 19 que são aferidos no site. Os outros pregões não se sabe o que comprou, nem quem vendeu.

Em 100 dias, a república de Jarinu se fortalece, ganha corpo, voz e vez sobre o campo-limpense.

Em 100 dias, não cumpriu a promessa feita há 99 dias para elevar o salário de médicos a R$ 5 mil reais por 8 horas diárias de trabalho.

Em 100 dias, tentaram tirar a própria responsabilidade da gestão do Hospital de Clínicas com a fixação de uma faixa ridícula na frente da unidade que teve de ser retirada após serem traídos pelos próprios discursos e pressionados por quem não é enganado com qualquer blefe.

Em 100 dias, adotaram o mesmo discurso que tanto criticaram acerca da instalação da UTI, ou seja, que o município não pode arcar sozinho com a despesa e que o governo do Estado precisa custear. Ora, estando fora, não admitiam este argumento, por que, agora, utilizá-lo?

Em 100 dias, quem teve que triplicar o empenho para dar algum alento à população nos postos de saúde foram as recepcionistas que, sem suporte algum, precisam acalmar os ânimos dos pacientes que esperam pelos médicos que zombando do povo, avisam na hora marcada para a consulta, que não vão comparecer.

Em 100 dias, só conseguiram apresentar algum volume de propaganda apenas citando ações, obras e projetos que já estavam ou iniciados ou apontados pela equipe que participou da transição da gestão anterior, a mesma satanizada em prosa e verso.

Em 100 dias, novos veículos de comunicação que se vendem como apartidários e imparciais já mostraram que o bom mesmo é falar mal de algumas práticas quando se está fora, depois que entra, é só fazer igual porque ainda imaginam que ninguém se importa e que se tornaram inatingíveis.

Em 100 dias, elevou incompetentes e desqualificados a postos de comando, e, sistematicamente, busca humilhar aqueles que demonstram qualquer grau de competência superior.

Em 100 dias, mesmo com a realização de Escala Rotativa, delegaram inspetores de alunos para aplicarem conteúdo em sala de aula.

Em 100 dias, a nomeação de um sem número de apaniguados, com todo grau de parentesco, de sobrinho a sogra, de neto a genro, faz da gestão pública o retrato do que há de pior no trato com a coisa pública.

Em 100 dias, fecharam o Teatro Municipal sob uma alegação estapafúrdia de risco estrutural que não é provado sob nenhuma hipótese. Uma estratégia típica de déspota: primeiro fecha, depois inventa e documenta uma justificativa.

Em 100 dias, criaram a regra de fechar Postos de Saúde das 12 às 13 horas, mantendo os pacientes independente da idade e enfermidade expostos a sol e chuva.

Em 100 dias, eliminaram os canais de comunicação da Prefeitura criados em redes sociais.

Em 100 dias, os blogueiros e atacadores-mor que tanto defendiam mudanças, reformas, avanços conseguiram em semanas, mudar para pior, deformar e retroceder o que sempre tiveram inveja por, no íntimo, reconhecerem que jamais seriam capazes de fazer sequer igual, muito menos, melhor.

Em 100 dias, o que a população viu foi a materialização de mentes ocas, corações vingativos e espíritos miseráveis. Viva 11 de abril! Quando, provavelmente, o tal "novo" governo deve se apresentar à população. Se a esperança tem algum lugar para habitar, que seja nos corações daqueles que a ela se afiam para não esmorecer.

 
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